09/06/2011
Os investimentos no setor elétrico voltaram a atrair as atenções de fundos de private equity administrado por brasileiros renomados no mercado financeiro. A Rio Bravo, do ex-presidente do Banco Central Gustavo Franco, fechou nesta semana parceria com o grupo mineiro Orteng para juntos investirem R$ 1 bilhão nos próximos cinco anos na construção de onze pequenas centrais hidrelétricas (PCHs). Na semana passada, a administradora de outro ex-presidente do BC, a Gávea Investimentos, de Armínio Fraga, oficializou a capitalização de R$ 200 milhões na MPX Energia.
O movimento em direção ao setor elétrico também agrega o interesse de fundos estrangeiros, como no caso do Pincus, o maior hedge fund do mundo que aportou, no ano passado, R$ 350 milhões na Omega, empresa da administradora Tarpon Investimentos. No início deste ano, capitalizada, a Omega comprou uma série de projetos de PCHs e eólicas da Ecopart.
A Ersa nasceu em meados dos anos 2000, justamente em um movimento parecido de aposta de administradora de recursos no setor elétrico que acreditavam nas PCHs como oportunidades de grandes retornos. As empresas que nasciam desses investimentos já se credenciavam, inclusive, no mercado de capitais para lançamento de ações. Era o movimento de empresas pré-operacionais na bolsa, a exemplo do que a própria MPX fez. A empresa constrói uma série de usinas termelétricas que ainda não geram receita para a companhia.
Mas desde 2007, o mercado de capitais se fechou para esse tipo de emissão. A própria Ersa foi buscar outro tipo de sócio, como os fundos de pensão, e buscou novas opções de investimentos, como as eólicas. Além disso, os projetos de pequenas centrais hidrelétricas passaram a sofrer com atrasos em concessão de licenciamentos ambientais e a burocracia para aprovação de projetos na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Boa parte da aposta se voltou para o mercado de energia eólica e biomassa.
O fundo de investimentos em participações foi lançado no ano passado e possui um patrimônio de R$ 300 milhões. O regulamento permite investimentos em transmissão e até mesmo em usinas termelétricas, mas será no setor de energias renováveis que os investimentos se concentrarão, segundo Brandão. Neste ano, uma nova captação será feita para elevar o patrimônio a R$ 600 milhões. O fundo foi criado por uma demanda das fundações, que são os principais cotistas do Rio Bravo Energia I.
Essa nova leva de investimentos, principalmente em energias renováveis, não deve parar por aí. Em maio, o BB Votorantim registrou três fundos de investimentos em participações em energias renováveis na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), todos com o objetivo de captar recursos para investir e PCHs, eólicas e biomassa.
O movimento em direção ao setor elétrico também agrega o interesse de fundos estrangeiros, como no caso do Pincus, o maior hedge fund do mundo que aportou, no ano passado, R$ 350 milhões na Omega, empresa da administradora Tarpon Investimentos. No início deste ano, capitalizada, a Omega comprou uma série de projetos de PCHs e eólicas da Ecopart.
Na semana passada, a Gávea Investimentos oficializou aporte de R$ 200 milhões na MPX EnergiaOs diversos anúncios chegam em um momento em que algumas administradoras de recursos já começam a colher os frutos dos investimentos que fizeram há alguns anos. No mês passado, a Ersa, empresa de energia renovável que é capitaneada pelo Pátria Investimento, do ex-diretor do BNDES Octávio Castello Branco anunciou a incorporação da empresa pela CPFL Energia. Nasceu dessa união a CPFL Renováveis, que tem um plano de investimentos de R$ 5 bilhões para os próximos anos e a abertura de capital em bolsa de valores.
A Ersa nasceu em meados dos anos 2000, justamente em um movimento parecido de aposta de administradora de recursos no setor elétrico que acreditavam nas PCHs como oportunidades de grandes retornos. As empresas que nasciam desses investimentos já se credenciavam, inclusive, no mercado de capitais para lançamento de ações. Era o movimento de empresas pré-operacionais na bolsa, a exemplo do que a própria MPX fez. A empresa constrói uma série de usinas termelétricas que ainda não geram receita para a companhia.
Mas desde 2007, o mercado de capitais se fechou para esse tipo de emissão. A própria Ersa foi buscar outro tipo de sócio, como os fundos de pensão, e buscou novas opções de investimentos, como as eólicas. Além disso, os projetos de pequenas centrais hidrelétricas passaram a sofrer com atrasos em concessão de licenciamentos ambientais e a burocracia para aprovação de projetos na Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Boa parte da aposta se voltou para o mercado de energia eólica e biomassa.
BB Votorantim registrou na CVM, em maio, três fundos destinados a investir em energia renovávelO sócio e co-fundador da Orteng, Ricardo Vinhas, diz, entretanto, que o mercado para PCHs ainda é atrativo e que os prazos na Aneel começam a ficar mais curtos. Da carteira de onze PCHs que serão transferidas à RBO Energia, que também já nasce como sociedade anônima, duas delas terão a construção iniciada no próximo ano. A estratégia, segundo conta o gestor do fundo Rio Bravo Energia I, Sérgio Brandão, é vender a energia no mercado livre, que dá incentivos aos consumidores que compram o insumo desse tipo de empreendimento.
O fundo de investimentos em participações foi lançado no ano passado e possui um patrimônio de R$ 300 milhões. O regulamento permite investimentos em transmissão e até mesmo em usinas termelétricas, mas será no setor de energias renováveis que os investimentos se concentrarão, segundo Brandão. Neste ano, uma nova captação será feita para elevar o patrimônio a R$ 600 milhões. O fundo foi criado por uma demanda das fundações, que são os principais cotistas do Rio Bravo Energia I.
Essa nova leva de investimentos, principalmente em energias renováveis, não deve parar por aí. Em maio, o BB Votorantim registrou três fundos de investimentos em participações em energias renováveis na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), todos com o objetivo de captar recursos para investir e PCHs, eólicas e biomassa.
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